Minhas mãos estão cansadas de cavar ao encontro do tesouro escondido. Elas estão sangrando e minhas unhas estão cheias de areia, será que ele existe mesmo? Minha mente já está cansada de traçar metas e construir sonhos, para depois caírem por terra com uma rasteira. Minhas pernas estão bambas e não conseguem manter meu corpo firme. A garganta está seca, as palavras faltam na boca. E aquele vazio preenche meu estômago. Eu quero desabar na minha cama e poder fugir disso tudo. Quero ir de encontro a certas verdades que ainda não ouvi. Quero dá as mãos a certos acasos que ainda não vivi. Quero libertar a minha alma dessa prisão que a sociedade a pôs. Quero ser livre o bastante, mas talvez a liberdade seja apenas uma utopia criada para nos fazer sonhar. Afinal, como vai existir liberdade com tantas coisas que nos põe em terra firme ou que cortam nossas asas?
Minhas costas não agüentam mais sentir esse peso. E meu corpo está cansado. Farto e saturado das falsas prerrogativas e das exigências. De tudo isso que molda a pintura da minha história, tornando-a mais plausível. Quero desabar as paredes que me limitam. Pintar o meu mundo com as cores que eu desejar e não as cores da moda. Quero vestir àquilo que meu gosto aprovar e não seguir essas tais tendências. Quero respirar e saber que aquele ar valeu mais que tudo! Quero abrir os olhos e ver além. Não quero ter que me definir. Quero simplesmente viver e seguir os meus passos como manda o meu roteiro. Nada de histórias fajutas, com personagens perfeitos e cenários extravagantes. Quero simplesmente a minha vida nas minhas mãos. No meu controle. Quero saber o que fazer com ela e fazer da forma que eu desejar. Nada de ir de acordo com os outros ou o normal.
Meus músculos clamam por energia. Meu coração palpita a fim de receber adrenalina. Meus sonhos se chocam querendo se realizar. E meu espírito quer viver! (e dessa vez vai ser do meu jeito!)
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