Quero propor um brinde!
Primeiramente, começarei falando, sobre a artimanha de algumas pessoas de usar certas situações a seu favor. Um brinde àqueles que se fingem de vítimas. Que tentando sobressair com puro sentimentalismo e ainda tentam, aos poucos, arrancar da sua boca a palavra: “ta desculpado”.
Um brinde as pessoas que tem uma doce ilusão da vida. E quando sentem o sabor da realidade ficam feridos e magoados. Tentando fazer dessa realidade uma coisa insana e sobrenatural.
Um brinde aquelas que adoram dá conselhos e esbanjar sabedoria. Que amam falar sobre seus pontos e questões de maneiras tão sábia e bela. Mas pecam na hora de ouvir. E pecam mais ainda, quando as palavras ditas são totalmente contrárias as suas.
Um brinde aquelas pessoas que confundem tolerância com ingenuidade. Que acham que só porque estamos tentando relevar certos problemas somos “idiotas”, “cegos” ou “tolos”. Ou que tomam a iniciativa de nos chamar de trouxas única e exclusivamente por querermos resolver certas situações da melhor forma possível.
Um brinde aquelas pessoas que nos julgam frios, ignorantes ou até mesmo arrogantes, por estarmos pronto para qualquer batalha e ter nossas armas carregadas. Por querermos encarar qualquer pessoa ou situação, sentir-se forte diante disso e deixar as fraquezas de lado. Ou ainda, por sermos donos de nossas emoções e saber controlá-las, na maioria das vezes.
Um brinde aquelas que não entendem o turbilhão de um silêncio. Que acham que a falta de palavras é o motivo de estarmos errados ou de não termos nada sensato para ser dito. Que estufam o peito e diz que o silêncio é um indício do erro.
Um brinde aquelas que adoram apontar o dedo e encher a boca para dizer quem está errado. Que julgam as atitudes dos outros. Que amam colocar o dedo e as opiniões na vida alheia. Que se sentem gigantes diante alguém que errou. Mas, quando elas erram são vítimas porque afinal: errar é humano. (coitados!)
Afunilando mais ainda esse brinde, quero falar das pessoas que possuem algum tipo de relacionamento, seja ele qual for! Amizade, namoro, coleguismo... E acham que só porque dividem esse relacionamento conosco merecem satisfações disso e daquilo de suas vidas. Ou que cobram de nós a exclusão de alguém, que eles não gostam, de nossas vidas. Mas cá eu pensando com meus botões me pergunto: relacionamentos entram em nossas vidas para somar ou para subtrair? Eles existem para nos ajudar ou para fazer um relatório do que vivemos?
Quero finalizar esse brinde, tão cheio de desabafo, com aquelas pessoas que estão do nosso lado compartilhando nossos sorrisos, lágrimas, besteiras e tudo que esteja em torno da atmosfera chamada vida. Que fazem parte da nossa história. E que ao invés de sentir-se satisfeito com isso, procuram sempre mais. A ponto de ter nossa vida nas mãos.
A toda hipocrisia descarada. A toda falsidade discreta. A toda raiva disfarçada...
Um brinde!
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