
Talvez eu esteja me acostumando a isso. Porque eu já não me importo tanto em não ter você ao meu lado toda vez. Já estou mais companheiro da sua ausência e mais inimigo da sua presença. Acho até que aprendi a lhe com a saudade!
Toda vez que eu deito em minha cama e escuto o nosso CD ( Aquele mesmo... que você me deu e que tem nossas músicas ) eu me sinto tão seu. E eu começo a viajar pelo nosso passado. É como se você estivesse ali do meu lado e estivéssemos conversando sobre nossa história. Quando o CD acaba é como se você se despedisse. Como se fosse a sua hora de partir. E quando me dou conta, eu estou sozinho na minha cama...
Quando paro para olhar o nosso porta-retrato, no meu quarto, eu lembro do dia em que tiramos a foto. Você estava nos meus braços e eu estava gostando daquela situação. Estava satisfeito com o nosso amor e certo de que ele iria crescer, cada vez mais. Cada dia mais. Mas ai, eu tenho uma rotina a seguir e coisas a fazer. Então, meu campo de visão deixa de foca-lo e é como se estivéssemos nos despedindo mais uma vez.
Eu anseio durante a semana, faço planos e construo momentos para curtir com você, no fim de semana. Eu imagino o que te dizer. Onde te tocar. Como te excitar. Como irei me despedir. Como achar o momento perfeito para dizer “Eu te amo”. Eu conto dos dias pra te ver! Segunda, terça, quarta, quinta, sexta... mas ai tudo acaba. Você vai estar ocupada. E mais uma vez, eu tenho que ficar com as lembranças. Eu tenho que me agarrar a tudo que me leva a ti. Tenho que transformar a sua ausência, o seu vazio em algo que me aqueça. E lá vai eu sonhar mais uma vez...
É... realmente estou acostumado a isso. A viver as lembranças. A sentir as lembranças. A sonhar com as lembranças. Talvez, esteja mais apaixonado à elas que a nós. Qual seria a outra explicação? Toda vez eu sonho, a vida da um tapa em minha cara e me agita. Você está longe e eu estou aqui, acostumado a isso.
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